Ruth
Rocha
Uma das
escritoras infantis mais conhecidas e prestigiadas, Ruth Rocha
nasceu na cidade de São Paulo, em 2 de março de 1931, filha de Álvaro de Faria
Machado e Esther de Sampaio Machado. Ela cresceu em um bairro repleto de
chácaras, na Vila Mariana, entre os irmãos Rilda, Álvaro, Eliana e Alexandre,
mergulhada em inúmeros gibis e livros.
Estudou no Colégio Bandeirantes e no Colégio Rio
Branco. Graduou-se em Sociologia e Política na Universidade de São Paulo,
pós-graduando-se posteriormente em Orientação Educacional pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Ruth passou a atuar neste campo educacional
no Colégio Rio Branco, aí permanecendo durante quinze anos, de 1956 a 1972, em
contato com os complexos problemas inerentes à infância.
Em 1967, a escritora passa a publicar textos sobre educação
em diversos veículos, principalmente na revista Cláudia. Ainda na área
jornalística, ela assessora a elaboração da revista Recreio, pertencente à
Editora Abril, na qual escreve suas primeiras narrativas. Nesta mesma empresa
ela se torna editora, redatora e diretora da Divisão de Infanto-Juvenis.
No ano de 1976, ela lança sua primeira obra,
Palavras Muitas Palavras. A este livro seguiram-se mais de130 publicações,
traduzidas para 25 línguas, algumas lançadas no Parlamento Brasileiro e na sede
da ONU, em Nova York. Sua ficção mais famosa é Marcelo, Marmelo, Martelo, o
qual já vendeu mais de um milhão de livros. Amplamente premiada e homenageada,
foi distinguida com uma condecoração, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural,
entregue a ela pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998.
Ruth foi selecionada, em 2002, para integrar o PEN
CLUB - Associação Mundial de Escritores -, sediado no Rio de Janeiro, além de
conquistar, neste mesmo ano, o Prêmio Jabuti pelo livro Escrever e Criar.
Ela se casou com Eduardo Rocha, com quem tem uma
filha, Mariana, a qual lhe deu dois netos, Miguel e Pedro. Hoje ela é membro da
Academia Paulista de Letras, integrante da cadeira 38 desde 25 de outubro de
2007.
Intensamente inspirada pelo escritor Monteiro
Lobato, ela traduz essa atração por uma presença marcante em sua obra de uma
temática social e política, com forte inclinação para o bom-humor e reflexos da
preocupação da autora com os movimentos de liberação feminina.
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